ECONOMIA

Efeito Lula: mercado aumenta previsões de crescimento no Boletim Focus

Aumento de centésimos na inflação também é previsto; juros devem seguir nas alturas

Fernando Haddad e Lula tem apresentado resultados melhores que os previstos pelo mercadoCréditos: Ricardo Stuckert/PR
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O Banco Central do Brasil divulgou o Boletim Focus desta segunda-feira (10) com um aumento na previsão de crescimento do Brasil para 2024.

Segundo a projeção, o crescimento do PIB brasileiro deve subir de 2,05% para 2,09%. O aumento pode parecer marginal, mas já representaria centenas de milhões de reais a mais na economia brasileira.

Além disso, o mercado também apresentou uma projeção de aumento de dois centésimos da inflação: a previsão do IPCA estava estimada 3,88% na semana passada e foi para 3,9% nesta semana.

A taxa de juros, principal ponto de embate entre a Faria Lima e o governo federal, deve fechar o ano em 10%, segundo o mercado, com apenas um corte de 0,25% até dezembro. O aumento marginal da inflação é a justificativa encontrada pelos analistas para justificar o índice, que trava o crescimento e concentra renda.

A mudança vem após o anúncio do crescimento trimestral de 0,8% da economia brasileira, acima do esperado pelo mercado e também acima das expectativas do mercado.

O que é Boletim Focus

O Boletim Focus é um relatório semanal divulgado pelo Banco Central do Brasil, contendo uma análise das expectativas do mercado financeiro em relação a diversos indicadores econômicos.

O principal objetivo do Boletim Focus é fornecer uma visão das projeções feitas por instituições financeiras, consultorias e analistas econômicos sobre a economia brasileira.

Considerado uma voz dos principais agentes da economia brasileira, o Boletim serve de norte - mas deve sempre ser examinado com cuidado - para entender os caminhos econômicos do país. Muitas vezes, o Focus erra. Por exemplo, o relatório errou a projeção da Selic da taxa de juros em 16 dos últimos 21 anos.

O primeiro Boletim Focus de 2023, por exemplo, previa um crescimento de 0,8% no primeiro ano de mandato de Lula. A realidade foi um PIB de 3%.

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