TENSÃO

ONU: Rússia aprova pedido do Irã, que prega vingança contra Israel: "regime maligno será punido"

Aiatolá Khamenei pede revanche pós ataque a embaixada; Rússia convoca reunião Conselho de Segurança para debate

Aiatolá Ali Khamenei promete vingança contra israelensesCréditos: Reprodução/khamenei.ir
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O governo iraniano entrou com uma representação contra Israel no Conselho de Segurança das Nações Unidas após Israel assassinar sete pessoas da embaixada do Irã na Síria em um ataque bombardeiro nesta segunda-feira (1).

Israel atacou um edifício anexo da embaixada da República Islâmica do Irã em Damasco e matou sete pessoas. Três eram importantes generais iranianos que atuavam em parceria com o Hezbollah na Síria e no Líbano.

"Considerando as implicações internacionais de longo alcance de um ato tão repreensível, que pode exacerbar as tensões na região e potencialmente desencadear mais conflitos envolvendo outras nações, o Irã insta o Conselho de Segurança a condenar este ato criminoso injustificado e ato terrorista perpetrado pelo regime de Israel nos termos mais fortes possíveis", escreveu Zahra Ershadi, embaixadora do Irã nas Nações Unidas, na representação.

A Rússia acatou o pedido iraniano e convocou uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para o dia de hoje. O Irã teria o possível apoio de Moscou e Pequim, mas qualquer sanção contra Israel seria impossível por conta do poder de veto dos EUA.

"Regime maligno será punido"

O Irã afirmou que irá vingar a morte dos generais Hossein Aminullah, Haj Rahimi e Mohammed Reza Zahedi. Os três militares eram figuras cruciais do alto comando iraniano para coordenação do combate a Israel e ao Estado Islâmico na Síria.

"O regime maligno será punido pelas mãos de nossos bravos homens. Que vocês se lembrem desse crime e de outros semelhantes", afirmou comunicado oficial do Aiatolá Ali Khamenei.

Principais rivais de Israel na região, as forças iranianas forneceram treinamento para o Hamas, para a Jihad Islâmica Palestina, além de financiamento e estratégia para o Hezbollah, verdadeiro inimigo de Israel no norte.

O Irã foi um ator crucial para a defesa do governo Bashar al-Assad na contenção dos rebeldes financiados pelos EUA na Síria, que era era uma espécie de quartel-general de Teerã para assuntos sobre o Levante, região que inclui Iraque, Líbano, Jordânia e Palestina.